Plataforma de comércio eletrônico Mercado Livre pode começar a comandar o mercado de reposição automotivo brasileiro
O Mercado Livre se aliou a entidade norte-americana de Aftermarket AutoCare para criar padrões de dados de autopeças através do ACES (Padrão de Troca de Catálogo de Pós-Venda) e PIES (Padrão de Troca de Informações de Produto).
No mês de setembro se reuniram na cidade de Bogotá na Colômbia juntamente com a entidade local Assopartes, onde a plataforma Mercado Livre também tem forte operação e pelo visto não encontrou qualquer resistência, avançando em uma cadeia de valor estruturada a décadas, gerando emprego e renda.
Isto sinaliza que esta plataforma tendo o Brasil como maior mercado da América Latina nem sequer tratou do tema com as entidades brasileiras da reposição, principalmente agora que formamos a Aliança Aftermarket Automotivo Brasil que faz parte do Association in Motion junto a Auto Care.
O sinal amarelo com a plataforma Mercado Livre no Brasil já havia acendido devido a comercialização desenfreada de componentes que não atendem a legislação brasileira de avaliação da conformidade Inmetro, além de não ter qualquer compromisso com a cadeia de valor que movimenta mais de 70 bilhões de reais em negócios de peças e serviços e emprega cerca de 1 milhão de pessoas.
As autoridades brasileiras parecem estar em estado letárgico com relação ao comércio eletrônico no Brasil, o que penaliza uma série de indústrias e empresas que formam esta cadeia de valor que mantém elevados custos para certificarem seus produtos, enquanto outros apenas anunciam o que bem entendem, não atendendo a certificação obrigatória, ou mesmo frutos de descaminho.
O Brasil mantém empresa genuinamente brasileira que disponibiliza com maestria o maior catálogo eletrônico de autopeças do canal independente e tem todas as condições de ser referência na construção de tais padrões de dados no Brasil e na América Latina, tanto é que a indústria de reparação de veículo no Brasil com mais de 100 mil oficinas adotou o catálogo como oficial, além de indústrias e distribuidores que também utilizam, o que nos possibilita adotarmos o padrão Brasil e não se render aos interesse apenas comerciais de Estados Unidos e Europa.